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Ilustração: Lauren Simonutti |
Traição a Teseu
Me enrolo
no rolo
de palavras:
o labiríntico.
O rol
é o desafio que desfio.
Ariadna
à procura do Minotauro.
Em tecnicolor
Nada
Exagera o poema
[Só o p@piro à espera?]
Sedenarrativa
Graciliano.
A página
em branco
e o
Sacrossilêncio de domingo.
Só,
o Sol lida.
Sede.
(des-terro de exclamações
eadjetivosadvérbios)
Afogue-se o gerúndio:
Paragem-palavrão
em toda matéria:
Sêmen e gratia plena.
Em Belém do Pará, Amazônia,nasceu Paulo Jorge Martins Nunes. “Paulo Jorge”, de junção poética e significação, “pequeno agricultor”. Vive da e pela palavra, palavra que assusta eo sustenta. Doutor em Letras, pesquisador da Universidade da Amazônia, é autor de inúmeros artigos e ensaios em revistas e sítios de literatura. Integra também a geração Texto e Pretexto, que fez escola em Belém nos anos 80 e 90 do século XX; é autor de livros infantojuvenis, participa de inúmeros projetos de divulgação da literatura, dentre os quais “O Escritor na Cidade”, da Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, “Memória da Literatura no Pará”, da SEMEC-Belém.
Publicou, entre outros,Banho de Chuva (Amazônia livros, selos Sala de Leitura do MEC), Baú de Bem-querer (Paulinas) e Gitos, meus minicontos amazônicos (Paka-Tatu). Traço-Oco (Penalux, semifinalista do prêmio Oceanos). No Facebook: www.facebook.com.br/paulonunes