POETAS À ROLÊ
Os poetas são como um bife à rolê
estão recheados de ilusões
enrolados em profundas paixões
fixos na madeira de alguma ideia
podem elucubrar quimeras
ou elevar-se com o fogo das palavras
REDES SOCIAIS
tempo duplo:
terríveis monções afetam a alma
mas nas redes sociais
as fotos cheias de sorrisos
dissimulam o estado emocional
pois o mundo é um cristal opaco
refletindo um perpétuo Carnaval.
O ROSTO ANTIGO
o rosto do pergaminho
fincou raízes na areia
é um rosto deformado
pela mão do artista
é um rosto muito triste
que as lembranças chicoteiam
esse rosto está gravado
no pergaminho e na praia
onde as ondas do mar
avançam sobre a areia
e a vida quebra limites
e se transforma em eterna
POEMA&DUALIDADE
o poema é dualidade
faz renascer as palavras
cria distâncias e silêncios
entre os silêncios e os versos
respira a eternidade.
FERROADAS
a vida dá ferroadas
e as vezes alfinetadas
protegido com o coração de um leão
e as escamas de um crocodilo
é possível continuar o caminho
traçado pelo idealismo
e atravessar
a ponte da autoconfiança
Isabel Furini é escritora, poeta, palestrante e educadora; seus poemas foram premiados no Brasil, Espanha e Portugal; é autora do livro de poemas Os Corvos de Van Gogh; Presidente da Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia (AVIPAF) membro da Academia de Letras do Brasil/ PR, ; Embaixadora da Palavra pela Fundação Cesar Egido Serrano (Espanha – 2015); recebeu Comenda Ordem de Figueiró. Realizou recitais poéticos na 36a. Semana Literária do SESC & XV Feira do livro da URPR, e na Burlingame Public Library, USA.
Respostas de 2
Muito obrigada, querida poetisa Jandira.
Sempre um grande prazer ter você por aqui, Isabel.