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A UM PROFESSOR
Um professor veio a óbito pela manhã,
lembrei-me de seus ensinamentos, mas
o oculto não o confessarei!
Não logro despertando cedo
apreender o sol em cada ângulo nisso
que compõe a rosa dos ventos.
Um Cupido de cabelos brancos
transferindo à matéria a graça de Eros
Escreve indefinidamente por mim;
Todavia, recordar-se é esquecer o infinito.
SOCIEDADE LITERÁRIA
Bentinho disse para Escobar:
– Breve irei a tua casa
E levarei minha amiga.
Os olhos claros de Escobar
compunham com as mãos polidas
O cuidado na casa de alvenaria.
Por baixo da lua que espiava,
Eles comeram e cirandaram
E riram, estavam muito satisfeitos.
Quando foi hora de sair,
O amigo vice-verso disse:
-Breve venham a minha casa.
E apertou a mão de Escobar e de Capitu.
Luis Marcio Silva (1992) nasceu na cidade de Franca-SP. É licenciado em Letras pela Unesp de Assis. Atualmente, mora em Franca, onde é professor de literatura. Tem poemas publicados em Escamandro,
GCN e Jornal Rascunho. Contato: rubrica@outlook.com.br