ASSíNTOTAS – JANDIRA ZANCHI


anos corridos…
desperdiçados em cartas desconexas

lisos de lisura vã
nos vácuos emparedados
(emblemas de finas discórdias)

aventurança ou lembrança
rósea/sinistra/ritmos radiantes
                         matéria
(condição condecorada de íntima humanidade)

aquece-me, entre os largos do sol, o peito e a frase
minúscula e maior em sua extinta clareza

não descobri as facínoras faces da verdade
……………… (ainda que tarde)

divaguei e contemporizei contratempos
                                        ao dó
              ré mi mim
em estado de viés e
                                    engraçado

polca de muita marcha
o vento alado
ao princípio do infinito
e do imenso e do covarde
e da compressão inesgotável da matéria
  
que então reluz – até fundir-se –  confidenciando
no berço  no terço
do breve nivelado e estático nível

(parábolas abertas assíntotas … flechas de curta e longa – única –  duração)
um pedaço pedalado
                                       e nenhum louvor.


JANDIRA ZANCHI

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