DE MÃOS DADAS A GENTE PODE CHEGAR LÁ…

Peço, solicito e imploro a ajuda de todas AS MULHERES POETAS, das mulheres não poetas, dos amigos e amigas, dos leitores e das leitoras na divulgação desse livrinho virtuaL, Pode ser em blogs, sites, jornais e revistas virtuais -ou impressos. Precisamos sensibilizar alguma grande ou média editora para transformar todos esses livros digitais (ainda falta o último) em livros impressos.Desde já agradeço toda e qualquer colaboração.

Extraí esse texto da postagem feita pela poeta Janet Zimmermann, no facebook. Felizes por fazermos parte dessa linda e necessária coletânea – criada e realizada pelo grande poeta Rubens Jardim – convidamos todos à leitura do e-book “AS MULHERES POETAS NA LITERATURA BRASILEIRA”, Volume 2.
É gratuito e dá pra baixar o arquivo em pdf.
Abaixo a maravilhosa apresentação de Wanda Monteiro:
“Umbrais, veredas, cantares, prantos, odes, abismos e saltos. Faces e interfaces de líricos-eus que se aproximam e se distanciam na complexidade de seus imaginários e percursos. Esse livro pede ao leitor descerrar os olhos sobre essa profusão de imagens. Enxergar a sutileza do traço e assinatura de cada útero-voz. Uma linguagem poética que requer escuta e afeto pois que sua leitura se traduz em ato litúrgico como litúrgico é o ato da escrita. A poesia concebida pelo Feminino. Não o feminino da identidade e condição social, meramente, referidas a fatores biológicos e ao nível das conservadoras representações sociais. Não. Não mais. Mas sim, o feminino como uma categoria política. Pois que, no espectro atual do universo feminino, a tese a mulher é uma categoria biológica foi substituída pela antítese a mulher é uma construção social.Esta nova e revolucionária percepção questiona e relativiza o caráter absoluto dos conceitos, pois nela reside a força transformadora do Feminino.
Esse livro reúne a voz poética de Poetas nascidas sob esse tão profanado signo do Feminino. A produção literária dessas mulheres se insere em um contexto histórico de mudanças, de liberação, de lutas e direitos. E essa inserção pode ser sentida em cada escritura que se revela como afirmação da subjetividade feminina. Uma escritura de mulheres que por sua intensa humanidade transcende à questão do gênero porquanto são Poetas.
As Mulheres Poetas – Na Literatura Brasileira essa obra, idealizada, organizada e editada, com primor e abnegação, pelo talentoso escritor Rubens Jardim, mapeia e revela ao leitor a intensa topografia da lavoura poética formada pela fecunda e rica lavra de nossas poetas. Uma colheita que contribui imensamente para a memória da produção poética na literatura brasileira.
Uma antologia de mulheres poetas, seres de linguagem. São Aracnes tecendo teias de significações. São Ariadnes que não se deixam guiar por Teseus porque não negam a vida, e sim, empreendem reinventá-la. São mulheres que destroem o mito e se negam à palavra sensata, pois que abrem, largamente, seus ouvidos para ouvir o inaudível. São seres que têm a “anima” para ver e transver o mundo. Elas abrem seus olhos para ver o invisível, decifrar complexos enigmas, para se acharem e se perderem em labirintos porque deles sabem seu começo e recomeço. São filhas desobedientes de Eva que fazem o leitor comer o fruto da linguagem: a poesia. A poesia, fruto que aflora os sentidos e proporciona a amplidão das percepções. Esta é a contrafação mítica pelo gesto que não instala a morte da carne, mas sim, sua ressurreição no verbo.
São mulheres cuja escrita poética vem da voz-útero – nascedouro de rios de linguagens que convergem para esse manancial de significações. Um manancial que para ser lido e desvelado requer olhos que possam enxergar suas invisibilidades e ouvidos para a escuta sutil das nuances e tons de suas tão diversas vozes.”

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