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Ilustração: Joel Rea |
lentidão na primeira
madrugada
madrugada
(não existe parâmetro
norte/sul viável ou visível)
norte/sul viável ou visível)
estrebucham sua palidez
malévola os andaimes arcaicos
malévola os andaimes arcaicos
e viciados das pontes de
ferro e fome dos mesmos hinos
ferro e fome dos mesmos hinos
de frentes/fontes/favores
dos certames decaídos de uma era…
dos certames decaídos de uma era…
heroica e parva a bandeira sem ídolo
dos mal passados
dos mal passados
passarão ao longo de
hastes minúsculas minguados de ocaso
hastes minúsculas minguados de ocaso
e senhores de última
estiagem verão seus pendores/ditadores em anéis e dígitos
estiagem verão seus pendores/ditadores em anéis e dígitos
disformes destituídos do
pequeno e da liberdade (essa insana de má fé e persistente colheita que venceu
um diabo e arrastou um santo até o cadafalso de sua nulidade…)
pequeno e da liberdade (essa insana de má fé e persistente colheita que venceu
um diabo e arrastou um santo até o cadafalso de sua nulidade…)
ainda que tarde o tardio
ajoelha seu desdém de esperança
ajoelha seu desdém de esperança
que fronteiras e estrelas
pisoteiam os nódulos e os meios
pisoteiam os nódulos e os meios
correntes que se abrem –
voa o pássaro.
voa o pássaro.
JANDIRA ZANCHI
Respostas de 2
Estamos mesmo precisando de um voo, amiga. Belo e profundo poema. Adorei.
Obrigada, Solange, beijo!