o amor só cabe no auxílio do exemplo,
o amor dos descomuns
dos nunca rasos de rio
no esmeril do moinho
em antitempo.
O amor não acaba na equiparação do assombro que protege
a gestação das borboletas…
na safra sagrada dos favos, dos favores futuros da ausência,
na geometria dos nervos que depuram
a febre em ânima…
no dízimo mínimo
da flor de âmbar
O amor só cabe
no âmbito do que
não se isenta
No que não se deserda
em agradecer ao sol
só porque anoiteceu.
– Ainda mais que vai chover!
Patrícia Claudine Hoffmann nasceu em 1975, paulistana, radicada em Santa Catarina, professora, autora dos livros de poesia Matadouro Imperfeito (2016. Ed. Letradágua), Feito Vértebras de Colibris (2017. Bolsa Nacional do Livro/Marianas Edições), O Livro de Isólithus (2018. E-book. Ed. E-galáxia/Coleção Prato de Cerejas). Tem poemas publicados em antologias e revistas digitais. Mantém a fanpage “Patrícia Claudine Hoffmanm – poeta”.