
A chaque saison
D’avoir senti le monde
Le poète parle
–
A cada estação
Experimentamos o mundo
O poeta fala1
*
Tout superflu que
La Lugubre gondole
Emporte au loin…
–
Todo o supérfluo que
A Gondola Lúgubre2
Leva para longe
*
.
Ramée de chêne –
Mésanges bleues en concert
Canon à mille voix
–
Remo de carvalho
Pardais azuis em concerto
Canon3 de mil vozes
*
Du cor sonore
Des Canyons aux étoiles
L’appel céleste
–
O clarinete sonoro
Desfiladeiros sob estrelas
O chamado celeste 4
*
Cinglé par le vent
Tel un plectre percutant
Le frêle biwa
–
Enlouquecido pelo vento
Como uma palheta que vibra
O frágil biwa5
*
Tango ou samba
Les Saudades do Brasil
Fêtent la Ville !
–
Tango ou Samba
As Saudades do Brasil6
Celebram a cidade
*
Le geste large
Les Moissonneurs fauchent7 et
Le blé, lui, gémit
–
Com gesto largo
O ceifador corta
E o trigo, responde gemendo
Armin Firouzman nasceu no Irã em 1969 e vive há 40 anos em Paris. Formado em música, direito e história, foi produtor e diretor artístico de uma gravadora especializada em música clássica. Sua poesia, sempre com referência a obras da musicais, se coloca na encruzilhada de civilizações, combinando sensibilidades estéticas, buscando um resultado original, onde a tolerância reine.
Guido Viaro é um escritor curitibano nascido em 1968, é membro da Academia Paranaense de Letras e autor, entre outros, do livro O Cubo Mágico, prêmio Biblioteca Digital 2020.
_______________________________________________________________
Referências:
1– Robert Schumann (1810-1856) : Le poète parle, Scènes d’enfants op. 15, n°13
2– Liszt : La lugubre gondole
3- canon : forma de escrita musical
4– Olivier Messiaen (1908-1992) : Des Canyons aux étoiles
5- biwa : instrumento japonês
6– Darius Milhaud (1892-1974) : Saudades do Brasil op. 67
7– F. Couperin : Les Moissonneurs, 6 ème Ordre, Second Livre de pièces de clavecin
Respostas de 3
j’aime beaucoup, cela me parle.
Bienvenue, mon ami !
Instagram: https://www.instagram.com/p/DKNKL_8N4eC/?img_index=1