De dentro
desgramatizado
eu não sabia
se era desaviso
escuridão forjada
na cor do susto
ou se era rapinagem
coisa de gente
com mente varrida
capaz de ver alucinando
até no breu.
De dentro
ramagem afora
eu saía no estirão
da pólvora reservada
nos séculos das despedidas
que quando acendida
estourava rumo
para desconsolar
imprevistos.
Era eu
topado sem saber
na quina de seu colo
no arrimo do busto
adentrado na sua caatinga
desbastado no vasto
amealhado no vagar
o indo-lá
para o seu dentro
órfão de sinônimo.
Alexandre Filordi é autor dos livros de poesia: A caixa de desserventia (Ed. Leitura Crítica) e Bocoió(Ed.Patuá). Mantem o blog de poesia: bocoio.wordpress.com .