“Poesia fotografada: ímãgética”, de Nadir Social Lens

Fotografar Palavras (20232025)

#4895

À nossa procura, percorremos labirintos.
 
Texto: Viviane Lucas
Fotografia: Nadir Social Lens

#5147

Os sonhos riem do que queres
 crescem no que precisas.
 Constroem-se no frio
 vivem entrelaçados nas neblinas.
 Deixa o corpo à saída do Inverno
 e começa a Primavera.
 
Texto: Ana Miguel Socorro
 Fotografia: Nadir Social Lens

Binah ⊷ Cosmogenesis (2024–2025)
Textos originais em inglês de V. Geiger e fotografias de Nadir Social Lens

● Binah I

◦ From where we came, we shall return. Salt of the sea, breaks earthly bonds, stardust
manifests as consciousness, and the light above gently remind us “As Above, So Below”.

● Binah II

◦ I’ve only broken down in my mothers arms once, it came from the desire to feel the
warmth of her womb. Something that always left me cold, from the cut of the cord.”.

● Binah III

◦ I heard along my walk “Please do not kill me for the crime of being small!” When I crossed paths both the remains of a small creature that had been stepped on repeatedly, I could not help but be moved by the light that reflected on what it once was, and caught my attention, in its glittering beauty, that I sat with its last glimpse of the dimension we still exist in together. I was moved enough to cry, once again, giving its passed presence, a sea to sail.

● Binah IV

◦ Within its embrace, shadow speaks, guiding you towards celestial connection. Becoming whole is letting go.

Para onde vai o tempo? – Olhares de diferentes geografias (2025)

Alice

Treborunnis (2025Presente)

POEMA DA TERRA

para ouvir a Terra:
com os olhos
tapar a boca;
com as mãos
calar os olhos;
com o chão
sujar os pés.
 
Texto: Joana de Almeida
Fotografia: Nadir Social Lens

GALÁXIAS

Galáxias repletas de alienados
universos em expansão de alheados
explosão inicial de desinteressados:
foi este o movimento cósmico
que gerou a nossa sociedade
 
Texto: Luís Carlos Vicente Ramos
Fotografia: Nadir Social Lens

VII
 
Venho de outros ares.
De outras luas
                  sóis
de outras terras.
 
(Espiraladas melodias
em sustenidos e bemóis
                       me guiam)
 
Venho de lugares
onde
os caminhos traçados nas mãos
são cultivados em desertos frios
de outonais madrugadas
                        ancestrais.
 
Texto: Francisco Gomes
Fotografia: Nadir Social Lens

TERRA, FLOR OU LIRA
 
O acto de observar
um mistério
modifica-o.
 
Texto: Fábio Marcelino
Fotografia: Nadir Social Lens

SAIR DE CENA
 
Sair de Cena
e se perguntarem por mim
diz-lhes que fui à minha procura
 
Texto: Inês Francisco Jacob
Fotografia: Nadir Social Lens

LÚCIFER
 
vez por outra
desce aos teus próprios infernos
 
e traz das profundezas
a luz do teu palco
 
Texto: Lucas Emanoel
Fotografia: Nadir Social Lens

Nascida em Lisboa com raízes que se estendem até Tavira, Nadir observa o turbilhão e a graciosidade da vida através de diferentes perspectivas; frequentemente rodeada por livros e cenários bucólicos, segundo consta. Iniciou a sua trajetória profissional em 2011, realizando o mapeamento de movimentos sociais em Portugal, e, em 2020, optou por migrar para a área de Artes Visuais Terapêuticas com o objetivo de promover o desenvolvimento de conexão consciente com a natureza, reforçando a importância de reconhecer a nossa relação integral com o meio ambiente e valorizar a sua preservação. A sua obra foi exibida em Lisboa, Porto, Barreiro e, mais recentemente, em Leiria, assim como participou em projetos internacionais onde a imagem e as palavras se interlaçam, tais como Fotografar Palavras e Para onde vai o tempo? – Olhares de diferentes geografias e, por último, Binah ⊷ Cosmogenesis e Treborunnis, projetos sob sua autoria e responsabilidade de curadoria. Cada poema visual oferece uma viagem iniciática através de temas relacionados com reminiscência, emoções e ecologia profunda.

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