Apesar da deprimente solidão da Praça deserta,
havia ali uma beleza transcendente…
O Espírito de Deus percorria as escadarias,
as colunas,
o átrio molhado pela chuva
destinada a redimir os incautos
e sublimar a bênção a todos…
Cristo pendente no madeiro
parecia chorar as lágrimas todas da humanidade.
Senti uma nostalgia do céu…
como nunca havia sentido.
Tudo em uma harmonia ímpar,
abençoada, eterna…
O cosmos pulsando
sintonizado com os elementos básicos:
o fogo, a água, o ar, a terra…
e mais o Elemento Vital:
a essência da energia divina.
Parece que o mundo todo estava ali contido… contrito!
– e estava! Um silêncio respeitoso diante da Divindade.
Nossa pequenez ficou desnuda.
Ficha Técnica:
Poema: Ana Maria Bernardelli e Rubenio Marcelo
Declamação: Sagramor Farias
Trilha Musical: Melodia de Rubenio Marcelo com arranjos de Mestre Galvão
Gravação e edição: Home Studio Galvão
Imagem: captação de TV (RM)
Ana Maria Bernardelli é poeta escritora, professora e ensaísta. É musicista certificada pelo Centro de Artes do Rio de Janeiro e formada em Língua e Literatura Francesa pela Université de Nancy, França. Há mais de 40 anos, leciona Produção Textual e ensina em cursos preparatórios para concursos públicos e para vestibulares do país. Recentemente publicou o livro de poemas Na Trilha das Formigas, pela Ed. Life. Reside em Campo Grande/MS.
Rubenio Marcelo é poeta escritor e compositor, membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, autor de treze livros publicados (3 em coautorias). Destacam-se nas suas obras mais recentes os livros Palavras em Plenitude (prosa e crítica cultural) e Vias do Infinito Ser (poemas, pela Ed. Letra Livre), este atualmente indicado pela UFMS como leitura obrigatória para o Vestibular 2021. Foi Conselheiro Estadual de Cultura de MS. É também advogado e revisor e reside em Campo Grande/MS.
Uma resposta
Parabéns à equipe, ficou muito bom mesmo. Vi pela data que foi escrito e produzido no início da pandemia. E 2020 está acabando, o "Cosmos vai continuar pulsando", mesmo que os humanos inventem milhões de vírus e acabem com metade da população… Um abraço