Escorrida vala
fruto sem semente
empecilhos em
dois ou três
compassos e
tangos.
Ainda posso dedilhar
a auréola da sombra….
Ao longe circunscrevi os fatos
de tão factuais eram sementes
alongadas por sobre a lápide.
A essência arredondada
entre fabulosos
espelhos de meia-lua
tão vaga quanto
as vagarosas marés
de penumbra loura
levitada Levitã
Enfurecido silêncio
já sem
permissão
permissão
para chegar.
Enquanto
deus
insosso
pairava nas
paragens
paradisíacas
de
furta-cor
furta-cor
cinza e azul
intumescido
de
vapores.
vapores.
A ventura de aventurar-se
também, ainda essa,
se amorna no
escorrer do outono
a
procriação de recriar-se
procriação de recriar-se
é um
constante feito
constante feito
de luvas
e sedas
e sedas
no veludo
do astro
do astro
a medição
dos transtornos
dos transtornos
do
terreno
terreno
é métrica de maré baixa
gozada e consolada por umas
aferições róseas ou tintas
de vinho tinto.
Ilustrações: Rassouli
JANDIRA ZANCHI (O Vapor da Noite, inédito)
Respostas de 4
Belos versos – amei a configuração estética deles.
Obrigada, Isabel, em livro serão separados por página.
Gostei muito Jandira Zanchi…O difícil para mim é "sentir"intimidade com a leitura, lendo assim on line… Ou seja, sinto uma tremenda falta do papel!Certos poemas copio para ir lendo de pertinho, coisas de Rilke…
Gracias, Sonia. O meio digital pode parecer um pouco frio e estranho, mas a gente acostuma. Hoje escrevo poemas em primeira versão no computador, mas, nem sempre. o papel tem mesmo um encanto especial.