crua/indigesta maciez de amenidades fantasiosas
indecorosas indecifráveis – ferramentas de pouco uso
nessas tardes de muito siso/sânscrito
salgado dessas
impertinências
amorável amplitude nos gestos
(factuais e deserdados)
de prantos
de lírios
de espantos
de desejos
de bocejos
boquiabertos frente ao nulo espetáculo
das pequenas contagens de tempo.
Jandira Zanchi (Luas de maçã, inédito)
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Ilustração: John William Waterhouse |
Respostas de 6
É até um pouco difícil de comentar um poema como esse, porque ele abre tantas possibilidades de interpretações dentro da mente, e além disso qualquer coisa que seja escrita sobre ele, penso eu, talvez não fique à altura de sua intenção, mas posso escrever algo simples: gostei muito!
Obrigada, Fábio, e eu gostei da tua leitura.
Gostei muito da sua poesia, que não conhecia.
Parabéns pelo talento.
Venho diretamente do blogue do Ulisses, amigo comum e bom poeta, do qual publicou alguns poemas depois deste post.
Jandira, um bom fim de semana e um bom ano.
Abraço.
Obrigada, Jaime, essa corrente de trocas e leituras tornam possível manter a poesia viva.
Boa tarde, Jandira, li e reli seus poemas,na Revista Amaité Poesias,
realmente são versos que nos dão a possibilidade de várias leituras, sendo assim,
penso serem todas válidas, "alguém" já disse que quando o poeta entrega sua escrita para o leitor passa a ele o poder de interpretar, e ser dono dos poemas. Nota máxima aos seus poemas.Abraço!
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