Não somos aqilo qe acreditamos ser
1ma
permissão ds estrelas
permissão ds estrelas
Somos aqilo qe o universo imagina
Imagina mas não ousa
Então cabe a nós a força pra sefazer existir
Se impregnar emcarne sangue ossos e feto
Inventar alfabeto numeros xamanismo e ciberspaço
Há muita covardia ns deuses
eles lá – ejaculando sementes no ventre d Kaos
e nós aqi pregando cravos nos pés de qem nos amava
Somos nós qe suportamos a indiferença ds vermes
Que seduzimos e jogamos pra copular, pra procriar
Cuspidos de úteros – um parto é coisa demasiada
brutal.
brutal.
Toda nossa filosofia é força pra se impor
Toda nossa mística é guerra pra se fazer compreender
Toda nossa economia é trincheira contra a escassez
Toda nossa psicopatia é horror ao fim
Nossa inteligência é estratégia pra subjulgar a
possibilidade da insignificância
possibilidade da insignificância
Tudo isso praqe?
Pra se vingar dos deuses?
Mas nós já os matamos
Então porq ainda lateja essa fome?
Somos nós que fecundamos os corpos
Com o atrito do sexo
Que moldamos as mentes
Com a força das regras
Que martelamos nossa pele no não-existir
Textura órgãos ossos nervos fome e cio
Cada corpo é um nó tecendo o nós
Cada corpo é um nó tecendo o nós
Explodimos as pedras, pintamos os quadros de guerra,
doutrinamos as crianças, cravamos bandeiras na lua
doutrinamos as crianças, cravamos bandeiras na lua
E tudo isso praqe?
pra sefazer existir – pra ousar – pra gozar
Só isso nada mais
Catia Cernov