Não: um poema de Bryan Chagas

 
 
Por que eu terei de fazer
escolhas? 
Logo eu, logo
eu! 
Eu que não nasci
para exercer funções… 
Ah! Caros
senhores, eu não estou apto à passividade – não correrei o risco de tal
prejuízo. Não serei parte dessa dignidade inferior. 
Por hora, não
haverá escolha; 
Não haverá
função; 
Não haverá
profissão. 
Haverá apenas o
exótico, 
Um insuportável
entre opressores. 
Assim seja. 
haha!… 
De que valem seus
pensamentos retrógrados? 
Meus caros, eu não
me submeterei! 
Não foi uma
decisão fácil, 
Tão difícil é que
poucos ousam tomá-la, 
Mas EU NÃO ME
SUBMETEREI. 
Não serei mais um
adestrado. 
Permitam-me,
antes, adestrá-los. 
Pode
ser?  
Copie! Estude!
Entregue o fone!  
Oh,
hipócritas! 
Aceitem-me!
Suportem-me! 
Porque está
decidido: não serei um obediente a mais. 
Serei eu diante de
vocês. 
 
 
Poema do estudante
Bryan Chagas, adaptado por Tereza Du’Zai.
 
 
 
Aos 16 anos, Bryan Chagas é um jovem criativo e audaz. Estudante do ensino médio, ele se destaca entre os colegas por sua irreverência artística. Bryan é um roteirista inusitado, um poeta provocador, um contista obscuro.  

 










				

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