Limpando, organizando e colocando na lixeira arquivos, esbarro com esse poeminha bem edipiano…
Na montanha ou no vale
No riacho ou na cachoeira
Uma mulher me espera
No riacho ou na cachoeira
Uma mulher me espera
Ela já habitou minha vida
E hospedou minha sede
Nos beirais mais íngremes
E hospedou minha sede
Nos beirais mais íngremes
Hoje ela está misturada
As roupas que perdi e
Aos poemas que rasguei
As roupas que perdi e
Aos poemas que rasguei
Ela tem algo de Mira-Celi
Pois nunca se eclipsa toda
E está sempre ao meu lado
Pois nunca se eclipsa toda
E está sempre ao meu lado
Ela esteve nas lamentações
De fevereiro quando anjos
Desapareceram dos espelhos
De fevereiro quando anjos
Desapareceram dos espelhos
Mas antes ela caminhava
De mãos dadas com a sombra
Irretocável de minha mãe
De mãos dadas com a sombra
Irretocável de minha mãe
Respostas de 2
é um amor permeado de leveza esse poema. Lindo meu bom amigo Rubens.
Que Lindeza de poema! Fiquei aqui indagando quais as metáforas dessa mulher.seriam as mesmas a do poeta e do leitor??