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| Ilustração: Cícero Dias |
O PESO DO MUNDO
Carrego nos braços o peso do mundo
Ao pouso da borboleta numa rota
Indefinida, entre os dias que passam
Com suas obrigações.
RELÓGIO DE CUCO
Na parede da sala
Há um relógio de cuco.
No giro do ponteiro
Faz-se todo o trabalho
De apresenta-me a hora
Com exatidão.
Há um relógio de cuco.
No giro do ponteiro
Faz-se todo o trabalho
De apresenta-me a hora
Com exatidão.
Talvez neste mundo
Há outra função.
Que não seja fugir
Do compromisso
Marcado
Há outra função.
Que não seja fugir
Do compromisso
Marcado
Mesmo convicto
Que se estar errado
Ao se deixar levar
Pelo mundo feio.
Que se estar errado
Ao se deixar levar
Pelo mundo feio.
SER ROCHA
É preciso ser rocha
Como de construção
Alocadas abaixo do chão.
Servindo de alicerce para
O mundo em reformas.
PORTA
No abrir e fechar da porta
Rangem parafusos
Já enferrujados.
Tássio Ribeiro, de Bom Sucesso-MG. Escreve poemas e contos. Participou da Antologia da editora Vivara, O Poetize 2017, e da antologia, Além do céu, Além da Terra (2017). Ganhou Menção Honrosa no concurso de poesia da Biblioteca Comunitária Conceição Maria Lopes. Atualmente espera a análise do seu primeiro livro autoral, intitulado: APAGUEI MEU ÚLTILMO POEMA.