Exílio : Fernanda Fatureto

Exílio

esse lugar sem nome.

Não se reconhece mais a paisagem

nem a semelhança com outro país.

Um outro estado,

mesmo artifício da luz filtrada pela janela.

Cidade em transito –

sitiada pelo conhecido rosto envelhecido da tarde.

Não há parâmetro para quem chega desapercebido pelo atlântico,

ou por um outro oceano desconhecido qualquer.

E aquela colina suspensa indicam os sonhos que se dissipam

sobre a noite,

como outra noite qualquer,

não fosse essa obtusa imagem.

 

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Exilio

ese lugar sem nombre.

No se reconoce más el paisaje

ni semejanza com outro país.

Outro estado,

incluso um artificio de la luz filtrada pela
ventana.

Ciudade em tránsito –

sitiada por el desconocido rostro envejecido de la tarde.

No hay parámetro para quien llega desapercibido por el atlántico

o por cualquier outro océano.

Y aquella colina suspendida indica los sueños que se disipan

sobre la noche,

como outra noche qualquiera

si no fuera obtuso ese extraño espejismo.

 

 

Tradução: Leo de Soulas

 

 

 
Fernanda Fatureto é poeta e escritora. Autora de Ensaios para a Queda (Penalux, 2017) e Intimidade Inconfessável(Patuá, 2014). Possui poemas em revistas literárias brasileiras; nas revistas portuguesas Eufeme e Incomunidade ; nas revistas espanholas Cuaderno Ático, Liberoamérica, na revista gualtemateca El Camaleón  e na revista mexicana El Periódico de las Señoras F

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